Uma nova história

Dias atrás, assisti ao novo filme da Branca de Neve. E olha… gostei muito. Não só porque ela continua sendo minha princesa favorita da Disney (mesmo que por um tempo a gente tenha se distanciado), mas porque, finalmente, ela ganhou um final diferente.

Um final mais ativo, mais corajoso, mais empoderado. A Branca de Neve que eu conhecia passava a maior parte da história fugindo, sendo salva. Mas agora ela se levanta, enfrenta a Rainha Má e escreve o próprio destino.

Isso mexeu comigo.

Talvez porque, por muito tempo, eu tenha olhado pra ela com um certo desencanto. Depois de ver princesas como Moana, Bela, Raya, Elsa… comecei a me perguntar por que a Branca de Neve parecia tão parada no tempo. Mas aí veio esse novo olhar. E eu amei perceber que até ela pôde ganhar uma nova versão de si mesma.

No mesmo dia, encontrei um bilhetinho que meu irmão escreveu pra mim quase vinte anos atrás. Era um daqueles recados de aniversário cheios de carinho meio disfarçado, me chamando de “chatinha” e agradecendo por eu aturar as “porqueiras” dele. Ri sozinha.

Hoje somos super amigos, trocamos altas conversas, e eu não sou mais nada chatinha… Tá, vai, quase nada. E ele? Virou a pessoa mais certinha com limpeza e organização que eu conheço — um contraste maravilhoso dos nossos eus de antigamente.

Esses dois momentos me fizeram pensar em como a vida é generosa quando a gente se permite reescrever. Como é bonito poder criar uma nova história — seja com a nossa personagem favorita da infância, com alguém que a gente ama, ou com a gente mesma.

A gente cresce, muda, se reinventa. E mesmo que o passado esteja lá, firme, cheio de memórias, ele não precisa ser um ponto final, nem determinar quem a gente é.

Ele é só um capítulo, dessa história sempre em construção, que é a nossa vida.

Beijos e até a próxima,

Elisa